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INTRODUÇÃO

A Pré-História é um período gigantesco que recobre cerca de 6 milhões de anos, desde o surgimento do primeiro hominídeo, o australopiteco, até a invenção da escrita pelo Homo Sapiens que, tal como eu e você, corresponde ao ser humano atual. Muito pouco se sabe à respeito de como se organizavam os hominídeos durante todo esse tempo. Entretanto, o que sabemos decorre do esforço de uma série de profissionais, tais como antropólogos, arqueólogos, historiadores, biólogos e geólogos, embasados no estudo dos vestígios deixados por um número incontável de populações de hominídeos que já habitaram o planeta, e motivados por grandes mistérios. Quando se deu a invenção das primeiras armas e ferramentas? Quando se deu o domínio do fogo? O que eram as chamadas Vênus pré-históricas? Como foram feitas as pinturas rupestres e o que significavam? Tentamos responder a todas essas questões com base em árduos e estimulantes estudos ao longo do 2º trimestre no curso de história.

Porém, em meio a tantos mistérios, vários estudiosos parecem estar certos de que, ao contrário do que se pensa, os hominídeos não eram seres menos desenvolvidos que nós, mas populações que, à sua maneira, tentavam conferir interpretações sobre o meio em que viviam, organizando-se de formas extremamente complexas. Temos o que aprender com os hominídeos da Pré-História? Talvez. Em meio a uma crescente desigualdade social que aflige tantos de nós e relega inúmeras vidas a uma condição de miséria; em meio a tantas catástrofes naturais, causadas por nós mesmos, e que atingem todo o planeta, comprometendo a nossa própria sobrevivência nele, talvez devêssemos perguntar aos humanos “primitivos” como fizeram para que, durante 6 milhões de anos, não recaíssem num estado de vida tão grave como o que se iniciou há meros 300 anos com a produção industrial.

O estado de ameaça em que se encontram os biomas brasileiros é um claro exemplo do caráter destrutivo do nosso atual modo de vida. A poluição da atmosfera e de rios, bem como os desmatamentos ligados ao agronegócio, produção de energia e construção de cidades equivalem às grandes causas dessa ameaça, que já levaram à destruição de 700 mil km² do bioma da Amazônia e à reduzir a Mata Atlântica a apenas 7% de sua área original. Tal situação catastrófica nos mostra a impossibilidade de mantermos o mesmo ritmo de produção industrial, e exige de nós que pensemos em novos modelos de vida. Com isso, as formas de organização social mais igualitárias dos hominídeos pré-históricos, e a maneira com que se relacionavam com a natureza, sem subjuga-la, talvez devessem, ironicamente, servir de exemplo para nós, que insistimos em enxerga-los como “menos evoluídos”.

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